segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Nós somos livres?

Após a introdução acerca da liberdade, fundamental para o prosseguimento da leitura deste texto que você já tenha feito a leitura do Liberdade, pretendo mostrar aos leitores quais os limites dessa liberdade e se de fato somos livres ou não. O enfoque dado por João no último texto foi o da nossa liberdade restrita pelo Estado, e hoje, o foco será um pouco mais filosófico, voltado mais para preceitos morais e questões de convivência em sociedade.

Primeiramente, onde quer que você esteja, na escola, faculdade, restaurante, parque ou sua casa, pare e observe ao seu redor as pessoas ou seus próprios objetos. Algo nos unifica, nos padroniza. Existe um padrão a ser seguido de regras. Roupas, acessórios, tecnologia, forma de agir. A sociedade dita a moda e se você não tiver o último celular do momento ou aquele tênis que está “bombando”, você fica de fora de muitos círculos importantes. A pressão social é enorme, as interações interpessoais se tornaram mera fachada e vazias, cada um se aproveitando do outro para realização própria.

Quando nos dizemos livres, estamos profetizando a frase em que sentido? Você é livre para escolher o restaurante que gostaria de ir e lá escolher a sua comida favorita. É livre para escolher qual time quer torcer e onde prefere assistir aos jogos. Você pode escolher qual canal de TV assistir ou o que ver na internet, mas no trabalho é um mero rebaixado que se sujeita a qualquer coisa para subir de posição, esquecendo totalmente os preceitos morais e éticos. A liberdade foi distorcida para ser usada da forma que for mais conveniente e perdeu seu significado, não existe uma liberdade, existem milhares delas.

Outro ponto importante a ser discutido, de onde veio essa moral e quem ditou essas regras? Uma mulher que transa com um cara um primeiro encontro é dita como vadia; o cara que não fica com nenhuma garota numa balada é dito como frangote. E quem disse que isso é certo? Quem disse que temos que viver de acordo com esses preceitos? Há muito tempo estamos presos dentro disso. Novamente, repito, e dou ênfase à palavra “presos”. Porque quem é realmente livre para fazer o que quiser, não se sujeita a um conjunto de “boas maneiras” impostas pela sociedade.

Mas, e essa liberdade para se fazer o que quer não tem limite? Como dito no texto anterior, mensurar tal conceito é difícil. Na definição, temos que a liberdade pode ser entendida como o direito de proceder conforme nos pareça, contanto que esse direito não vá contra o direito de outrem. Não existe tal limite. Existem regras de convivência que nos dão uma alternativa para vivermos bem em sociedade. Não estou criticando as regras, pois creio que são importantes para haver uma certa ordem entre todos para não se instalar um caos generalizado de anarquia, mas critico as “regrinhas” criadas que nos obrigam a ser de determinada maneira, como regras de etiqueta por exemplo, não me faz sentido tantas normas para realizar uma das tarefas mais básicas do ser humano que é se alimentar.

Resumindo, mais como um momento de reflexão e de instigar você querido leitor a pensar um pouco sobre essa liberdade que é dita hoje, será que é a mesma da definição no dicionário? Será mesmo que você pode mesmo realizar e falar aquilo que pensa e tem vontade? Será que nós, você, eu, somos realmente livres?

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