sábado, 21 de setembro de 2013

Liberdade

Após a introdução realizada no blog, fica aqui como prometido, qual é a ideia de Liberdade.

Inicia-se com a definição formal do dicionário Priberam:
liberdade
(latim libertas, -atis)

s. f.
1. Direito de proceder conforme nos pareça, contanto que esse direito não vá contra o direito de outrem.
2. Condição do homem ou da nação que goza de liberdade.
3. Conjunto das ideias liberais ou dos direitos garantidos ao cidadão.

Pela primeira e terceira definição, parece existir uma contradição. A primeira afirma que podemos fazer o que quiser desde que não causemos danos a terceiros, a terceira afirma que a liberdade, são os direitos garantidos ao cidadão. Garantidos por? Ora, O Estado.

Mas as nações, entre si, apresentam leis diferentes para cada área ou situação; no Brasil eu posso pregar o cristianismo nas ruas, em alguns países árabes não. A primeira afirmação é completamente deturpada devido à coerção estatal. Como um país pode permitir algo (por mais simples que seja), e o seu vizinho não? Pois é exatamente assim que se baseia a terceira afirmação, somos limitados em nossas ações, meros subordinados ao Estado. Então, tomando como exemplo: o Estado garante que um órgão do mesmo pode entrar na casa própria de um indivíduo e lhe expulsar só porque não pagou o IPTU. Ou seja, não se pode viver no Brasil se não pagar para o Estado. Se você não quiser pagar, pode morar na rua, que tal?

Por outro lado, temos a questão da liberdade irrestrita desde que não causados danos a terceiros. Não temos dinheiro (poder) para comprar um Camaro, logo não temos liberdade para usufruir deste veículo em questão, a não ser que seja de terceiros, mas daí não seríamos os proprietários e estaríamos submetidos às ordens e limitações do dono. Esta mesma ideia pode ser aplicada em várias questões. Mostrarei duas, que na prática, a liberdade irrestrita é ruim, doenças e potenciais ameaças: Bom, se a liberdade individual é irrestrita, então alguém pode acumular lixo no seu quintal, se um segundo viesse questionar que adquiriu uma doença contagiosa escutaria um: “Prove-me que foi o meu lixo que causou sua doença. Você consegue saber da onde vieram todas as bactérias que entraram no seu organismo?”. Já no segundo caso, tendo em vista que teríamos liberdade para comprar o que quisermos, um sujeito poderia comprar 30 morteiros, posicioná-los no seu jardim de frente para a casa de um vizinho (que previamente é sabido que ele detesta) e simplesmente afirmar: “Não estou causando danos à terceiros”. Ou porque não comprar uma artilharia? Ou um B-29? Há outros pontos não citados onde aconteceriam problemas de mesmo gênero com contradições como aborto, legislação privada, presídios privados.

A liberdade total, ou anarcocapitalismo, mais conhecido como anarquia de mercado, não só apresenta problemas em sua metodologia como também é impraticável de ser aplicada no mundo globalista de hoje devido a inúmeras disputas entre nações e pessoas influentes.

Deve-se afastar um pouco deste extremo.. O Estado apareceu segundo Thomas Hobbes em O Leviatã, para conter as ações agressivas do homem, ou “O homem é o lobo do homem”. Para John Locke, o Estado faz parte da natureza. Para manter a propriedade privada dos indivíduos (como a vida, liberdade, moradia), há necessidade de uma punição para os agentes que forem contra a propriedade de terceiros. As pessoas então seriam “governadas” com consentimento, uma união para lidar com os instrumentos que podem causar males para um determinado grupo de pessoas. Inclusive, a ideia de Locke, não afirma a concepção de coerção imposta pelo Estado de hoje.


Hoje, com o movimento revolucionário no mundo, e as nações se tornando cada vez mais coletivistas, intervencionistas e fascistas, é inviável o ideal de alguns anarquistas de mercado que a liberdade econômica e os direitos humanos podem ser a solução no cenário atual por si só.Os intelectuais revolucionários tem um poder de controle das ideias da população cada vez maior, desmoralizando todo o ideal anti comunista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário